terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Lista de livros da FUVEST 2018

Iracema / José de Alencar

Memórias Póstumas de Brás Cubas / Machado de Assis

O cortiço / Aluísio Azevedo

Capitães da areia / Jorge Amado

Vidas Secas / Graciliano Ramos

Sagarana /  Guimarães Rosa

As cidades e as serras / Eça de Queiros

Mayombe / Pepetela

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

INTRODUÇÃO e PROPOSTA DE INTERVENÇÃO de texto dissertativo-argumentativo

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos; Os textos argumentativos têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto.

redação nota 1000 
redação nota 1000

Partes do texto: Introdução, desenvolvimento, conclusão.

Dissertativo-argumentativo


INTRODUÇÃO
apresentação da ideia que temos sobre o tema. Apresenta o assunto e o seu posicionamento
Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a ideia principal do texto. 
Os tipos de introdução são:
Narração
Você narrará um acontecimento que representará a problematização feita por você e proposta pelo tema. Para obter sucesso nesse recurso, atente-se aos detalhes que escolherá relatar (algo verídico), visto que essa seleção já indicará seu posicionamento aos leitores.
Exemplificação
Esse recurso pode ser desenvolvido de duas formas: dados estatísticos e relatos de acontecimentos de conhecimento geral (fatos divulgados pelas mídias). Com a exemplificação, devemos tomar cuidado com dois aspectos: apresentar a fonte das informações e não omitir fatores que distorcerão o fato. É necessário que se comprometa em repassar a verdade, mesmo que ela seja questionada por você ao longo do texto.
A escolha lexical, neste caso, será um grande aliado, você pode marcar sua opinião com palavras como: infelizmente, supostamente etc.
Exemplo: É comum encontrar crianças de dez anos de idade vendendo balas nas esquinas brasileiras. Na França, nos EUA ou na Inglaterra, nessa idade as crianças estão na escola e não submetidas à violência das ruas.

Alusão histórica
Introduzir um texto por alusão histórica é recortar um fato, um período histórico, um hábito antigo a fim de comparar com o presente. Essa comparação evidenciará uma permanência, ou não, de determinada situação e isso será base para a problematização do que o tema apresentou para discussão. 
Exemplo: Às crianças nunca foi dada a importância devida. Em Canudos e em Palmares não foram poupadas. Na Candelária ou na Praça da Sé continuam não sendo.

Definição
Iniciar um texto dissertativo-argumentativo conceituando um termo é se apresentar como um autor mais autoritário, o que, se realizado de forma adequada, é extremamente positivo para apresentação e defesa do ponto de vista. Podemos definir algo de diversas formas: dicionário, definição histórica, definição teórica e definição própria (que consiste em definir algo a partir de sua visão de mundo, suas experiências).
Citação
Esse recurso consiste em fazer referência a ideias de outros autores a fim de que o seu ponto de vista seja fortalecido, sua opinião será destaque mesmo quando você desconstruir a opinião do autor citado, uma vez que terá mostrado conhecimento crítico aos leitores.
Uma das formas para desconstrução da ideia de outro autor é utilizar o recurso exemplificação; isso é possível quando se tem conhecimento de um dado estatístico, por exemplo, que comprove a não veracidade do que é defendido pelo autor citado. Além disso, é uma ótima forma de dar maior credibilidade ao texto, uma vez que você, o autor do texto, tem conhecimento de especialistas no assunto e no que se relaciona a ele.
Há duas possibilidades de citação: a direta e a indireta. A primeira é quando é apresentado no texto a ideia com as palavras do próprio autor, exemplo: Segundo Marx, “A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”.
A citação indireta é quando, com as suas palavras, são apresentadas as ideias do autor que será citado. exemplo:“Sakamoto evidencia a necessidade de uma formação educacional em que o senso crítico e o bom senso sejam instigados nas crianças.”


  • Veja a introdução de uma redação nota 1000 sobre publicidade infantil, onde o candidato usa de conhecimentos da história e geografia para contextualizar o assunto:
“Desde o final de 1991, com a extinção da antiga União Soviética, o capitalismo predomina como sistema econômico. Diante disso, os variados ramos industriais pesquisam e desenvolvem novas formas e produtos que atinjam os mais variados nichos de mercado. Esse alcance, contudo, preocupa as famílias e o Estado quando se analisa a publicidade voltada às crianças em contraponto à capacidade de absorção crítica das propagandas por parte desse público-alvo”.

  • Ou uma basiquinha sobre  a Lei seca
“A lei seca foi criada para diminuir o número de acidentes que envolvem álcool e direção perigosa. Entretanto ela não tem alcançado plenamente seus objetivos. Dessa forma é necessário criar medidas que possam aumentar sua eficiência.”

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CONCLUSÃO
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Além da INTRODUÇÃO, vista acima,  você deve elaborar a CONCLUSÃO onde você retoma à tese e faz uma PROPOSTA DE INTERVENÇÃO  para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

- Direitos humanos
Se a proposta de intervenção apresentar qualquer frase que desrespeite os direitos humanos, o estudante zera a redação inteira e não somente esta competência. Elaborar uma proposta que faça diferenciações entre pessoas devido classe social ou gênero, por exemplo, fere os direitos humanos e é zerada.

– Atualidades
O Enem costuma cobrar temas de atualidade relacionados ao aspecto social na redação. E para que o estudante consiga argumentar e elaborar a proposta de intervenção para o tema abordado é primordial (na verdade obrigatório) que ele acompanhe o noticiário, leia livros, jornais ou sites de notícias. Do contrário, não conseguirá escrever um bom texto e propor soluções viáveis para o problema.

– Coerência na sugestão 
A proposta de intervenção deve ter vínculo com a tese e ser coerente com os argumentos usados na redação. Fique ligado, pois o texto precisa ter um encadeamento lógico.

– Detalhamento 
A proposta bem elaborada deve conter um detalhamento do que fazer, como fazer, os meios e os participantes da proposta.

– Viabilidade 
A proposta apresentada deve ser executável, ou seja, possível de ser realizada. Não adianta apresentar soluções utópicas e fantasiosas, pois elas não serão realizadas.


Basicamente para você apresentar um proposta de solução simples e consistente, ela precisa ter a resposta para as seguintes perguntas:
  • Quem ? ( Sujeito que executará)
  • O que ? ( O que precisa ser feito)
  • Como ? ( Detalhamento da proposta)
  • E porque ? ( Qual o objetivo da proposta)
Um outro aspecto muito importante é não transferir a responsabilidade para o governo.

  • Veja isso na prática com a redação escrita pela aluna Amanda Carvalho Maia Castro (NOTA 1000). 
Para que essa erradicação seja possível ( porque ?), é necessário que as mídias (quem?) deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher ( o que ?) e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino.( como ?) Ademais, é preciso que o Poder Legislativo ( quem ?) crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores ( o que ?)para que seja possível diminuir a reincidência. ( porque?)
Procure usar em suas soluções a propagação das ideias através de:
  • Leis;
  • Programas dentro da escola;
  • Atividades dentro das próprias casas;
  • Projetos voluntários;
  • Uso das redes sociais (Youtube, Facebook, Blogs, Vlogs e outras mídias).
É muito importante valorizar a ação da sociedade em conjunto com os órgãos do governo e valorizar o papel de cidadão que cada pessoa deve exercer.



Ref.: 
adaptação de  mundoeducacao.bol.uol.com.br
Guia do estudante

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Possíveis temas ENEM

'APROPRIAÇÃO CULTURAL'

http://g1.globo.com/globo-news/estudio-i/videos/t/todos-os-videos/v/na-hora-veio-aquela-raiva-diz-jovem-branca-criticada-por-usar-turbante/5658692/

'EUTANÁSIA'

O tabu do suicídio assistido no Brasil: morte digna ou crime contra a vida?



DESENVOLVIMENTO DOS PARÁGRAFOS
A)POR INDICAÇÃO DE ESPAÇO: "Não muito longe do litoral"
Utilizam-se advébios e locuções adverbiais de lugar e certas locuções prepoaitivas, e adjuntos adverbias de lugar
B)POR TEMPO E ESPAÇO
C) POR ENUMERAÇÃO
D) POR CONTRASTE - ESTABELE COMPARAÇÕES, evidencia diferenças; conjunções
E) POR CAUSA/CONSEQUÊNCIA
F) POR EXPLICITAÇÃO- esclarece o assunto dentro da ideia construida

Violência contra a Mulher


Campanha Violência Contra a Mulher



2015 - Aumenta número de denúncias de violência contra a mulher no Brasil

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Explicando a Matriz

A Matriz de Referência de Língua Portuguesa se divide em três eixos: temas, descritores e habilidades.

Descritor é uma associação entre conteúdos curriculares e operações mentais desenvolvidas pelo aluno, que traduzem certas competências e habilidades.
Os descritores indicam habilidades gerais que esperam dos alunos e constituem a referência para seleção dos itens que devem compor uma prova de avaliação.
Essa Matriz está baseada em duas dimensões: objeto do conhecimento e competência.

O objeto do conhecimento consiste de: procedimento de leitura, implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto, relação entre textos, coerência e coesão no processamento do texto, relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido e variação linguística.
Já a competência consiste dos descritores que indicam habilidades a serem avaliadas em cada tópico.

No tópico I, Procedimentos de Leitura, tem-se os seguintes descritores: localizar informações explícitas em um texto; inferir o sentido de uma palavra ou expressão; inferir uma informação implícita em um texto; identificar o tema de um texto; distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

No tópico II, Implicações do Suporte, do Gênero e/ou Enunciador da Compreensão do Texto, são os seguintes descritores: interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.); identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

O tópico III, Relação entre Textos, apresenta os seguintes descritores: reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que foi produzido e daqueles em que será recebido; reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

O tópico IV, Coerência e Coesão no Processamento do Texto, consiste dos descritores: estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto; identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa; estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto; estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.; identificar a tese de um texto; estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.

Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido é o tópico V que consiste de: identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados; identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações; reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão; reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

Por fim, o tópico VI, Variação Linguística, apresenta o descritor: identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

Referência; José Marcos de França in http://www.seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/viewFile/1654/1481

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

21 POSSÍVEIS TEMAS

1. Regulamentação do Trabalho Doméstico
A Proposta de Emenda Constitucional do Trabalho Doméstico, popularmente conhecida como PEC das domésticas, foi aprovada em 2013 e bastante discutida na sociedade desde então. De um lado, há o viés dos empregadores, que tiveram aumento de gastos para registrar o trabalhador doméstico. Por outro lado, há o aumento de direitos trabalhistas a essa profissão. Esse assunto também popularizou bastante com o lançamento do filme brasileiro “Que horas ela volta?”, escrito e dirigido pela Anna Muylaert. O filme completo está disponível no Youtube e é um bom guia para iniciar sua reflexão sobre o assunto.

2.  Preconceito linguístico

preconceitoHá várias formas de se comunicar: escrita, imagens, símbolos, fala. E a linguagem tem variantes: regional, social, cultural, etc. Isso significa que há diferentes formas de utilizar a língua portuguesa e elas variam dependendo da situação, da região que se vive, entre outros aspectos. A norma culta é o padrão gramatical que aprendemos na escola. Mas as variantes – como gírias, abreviações, dialetos – são bastante comuns na nossa rotina. Sobre esse assunto, podemos levantar reflexões sobre como lidar com essas diferenças e em até que ponto elas são aceitas pela sociedade.

3. Deficientes físicos

Nos últimos anos, o ENEM vem trazendo propostas de redação com temas focados em alguma parcela da população que sofra algum tipo de discriminação. É o caso do ENEM 2015 sobre violência contra a mulher e as duas versões do ENEM 2016 sobre intolerância religiosa e racismo. Por isso, um tema que discuta a inclusão dos deficientes físicos é bem provável. Pesquise a diferença de inclusão e integração. Reflita sobre as condições dos deficientes nos ambientes escolar e de trabalho.

4. Discurso de ódio nas redes sociais

O clima nas redes sociais tem se tornado, cada vez mais, de intolerância e ódio. Discussões acaloradas, ameaças e denúncias têm sido frequentes. Com essa infeliz realidade, é possível que o ENEM levante essa discussão aos estudantes. O tema faz parte da realidade da maioria dos jovens e não deve causar dificuldade para argumentar. A dica é focar na proposta de intervenção e treinar detalhamentos de como amenizar essa situação.

5. Arte urbana

arte urbanaInicialmente em São Paulo, em decorrência de o atual prefeito apagar os grafites da cidade, esse assunto tem se tornado pauta de discussão em todo o país. Para começar, é importante diferenciar pichação e grafite. Junto a isso, pode-se refletir sobre a ocupação do espaço público e a função da arte urbana nesse aspecto. Um exemplo de arte urbana era o maior mural de arte a céu aberto da América Latina que está sendo destruído.

6. Moradores de rua

Assim como apagar grafites, outra política de higienização que alguns governos praticam é contra os moradores de rua, por exemplo, retirar cobertores, alimentos e animais de estimação dos moradores, à força. Além disso, a relação de alguns moradores com drogas, a precariedade de sua condição e a dificuldade para retornar ao mercado de trabalho são pontos de reflexão. Um movimento bem interessante que tem página no Facebook e lançou livro esse ano é o SP Invisível que mostra a história e a vivência de muitos moradores de rua.



Gestão Dória investindo pesado na "higienização" e expulsão dos moradores em situação de rua da Praça 14 Bis, Bela Vista SP.
https://www.facebook.com/caio.castor/videos/10205961598477301/



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Reportagem, edição e imagens: Caio Castor para o Viomundo

 7. Os limites do humor
limites do humorÉ comum vermos piadas ultrapassando os limites do humor respeitável e se tornando ofensa para grupos estereotipados. Um bom exemplo disso é o comediante Rafinha Bastos, protagonista de diversas polêmicas. Essa reflexão é válida de ser feita em diferentes ambientes: escolar, de trabalho, familiar, stand up, etc. Um filme muito interessante que, além de outros assuntos, também possibilita a reflexão sobre o discurso de ódio disfarçado de humor é o “Ele está de volta”, de David Wnendt, disponível no Netflix. Além disso, também tem um interessante documentário chamado “O riso dos outros”, de Pedro Arantes, disponível no Youtube.

8. Sistema carcerário brasileiro

O sistema carcerário brasileiro é um dos mais precários do mundo, sendo um dos principais problemas a superlotação. Vários movimentos de Direitos Humanos e pesquisadores estudam essa situação e outras questões como rebeliões, formação de facções, dificuldade de reinserção do ex-detento na sociedade e no mercado de trabalho, violência policial, etc. Para instigar a reflexão, vale a pena recordar o já clássico filme “Carandiru”, baseado na obra do médico Drauzio Varela.

9. Sistema previdenciário brasileiro

sistema previdenciarioO sistema de previdência social está em mudança no Brasil e isso tem trazido muita discussão – e até memes – sobre aposentadoria. É importante se manter atualizado sobre essa questão, pois ela pode aparecer na proposta de redação de forma direta ou indireta, por exemplo, sobre a qualidade de vida na terceira idade ou o papel dos idosos na economia brasileira.

10. Orientação vocacional

Com a proposta de mudança do Ensino Médio, uma das pautas surgidas na sociedade é sobre a capacidade (tanto econômica quanto emocional) dos jovens escolherem sua carreira tão cedo. Essa questão de orientação vocacional e pontos semelhantes como a carreira dos jovens e a inovação no mercado de trabalho podem aparecer no exame.

11. Educação básica no Brasil

educacaoMais um assunto possível devido às recentes discussões sobre a proposta do MEC para a mudança do Ensino Médio, dividido em grandes áreas e possibilitando o aluno escolher qual área se aperfeiçoar. Tanto isso quanto o sistema de cotas são pontos atuais que acarretam na reflexão sobre a grande necessidade de melhoria do ensino nas escolas públicas brasileiras. É importante pesquisar sobre isso e também treinar propostas de intervenção pensando em alternativas para a educação no Brasil, por exemplo, melhor formação e valorização dos professores e mais tecnologia em sala de aula.

12. Estética e saúde

A valorização do corpo humano é, muitas vezes, desconfigurada pela mídia e pelos padrões estéticos da sociedade. Isso pode causar alguns distúrbios e doenças, tanto físicas quanto psicológicas para as pessoas, o que é comum principalmente entre os jovens. Exemplos disso são doenças como anorexia e bulimia e a crescente popularização de cirurgias plásticas. Em contrapartida, a preocupação estética também pode motivar a prática de exercícios físicos e a boa alimentação que, sendo bem feitas, melhora a saúde do indivíduo.

13. Sustentabilidade das corporações

As empresas devem ter responsabilidade social e ambiental. Porém, muitas vezes, elas são as maiores poluidoras do meio ambiente, tanto pelo seu próprio processo industrial quanto em alguma catástrofe, acidente ou negligência. Exemplo disso foi a devastação da cidade de Mariana em Minas Gerais pela corporação SAMARCO. Isso foi um assunto muito discutido na sociedade e em pauta até hoje, o que o torna muito provável como inspiração para um tema de redação no ENEM. Se informe sobre o caso e outros semelhantes, pois isso pode garantir uma boa argumentação por exemplificação.

14. O conceito de família no século XXI

Apesar de esse tema ter sido cobrado recentemente em uma proposta de redação da UNESP – um dos maiores vestibulares paulistas – consideramos que ele ainda pode ser utilizado no ENEM, de forma integral ou voltado para pontos mais específicos: casamento entre homossexuais e adoção, por exemplo. Pesquise sobre o projeto de lei que deu origem a essa discussão e busque ampliar seus conhecimentos sobre o assunto refletindo sobre diversas formações familiares que existem, como crianças criadas por avós, casais sem filhos, etc.

15. Descriminalização das drogas

Atualmente, está em discussão na política brasileira a possibilidade de descriminalizar a maconha para uso medicinal e recreativo. Há tempos que esse assunto é polêmico e envolve argumentos sobre saúde dos indivíduos e tráfico de drogas, por exemplo. O Supremo Tribunal Federal está com a Lei Antidrogas em discussão. Aproveite para pesquisar mais sobre isso. E vale uma dica de ortografia: veja também a diferença entre descriminar e discriminar.

16. Justiça com as próprias mãos

Os linchamentos foram assustadoramente recorrentes nos últimos anos. Muitos dos casos ligados a racismo e homofobia, a justiça com as próprias mãos mostra um descontentamento da população com a justiça brasileira e, ao mesmo tempo, o aumento da intolerância e ódio a determinados grupos da sociedade. Uma dica para engrandecer a argumentação de uma redação com essa temática é estudar os filósofos contratualistas como Hobbes e Locke e refletir o linchamento como uma quebra do contrato social.

17. Manifestações populares

O espaço público tem sido cada vez mais ocupado com manifestações tanto políticas quanto ligadas a assuntos específicos, como o valor do transporte público que deu início às manifestações de junho de 2013, iniciadas em São Paulo e difundidas por todo o Brasil. A importância desses atos pode ser pauta de discussão em uma redação do ENEM, assim como a represália estatal e consequente violência policial que muitas vezes ocorre nessas manifestações.

18. Democratização da tecnologia

A tecnologia tem aumentado a democratização dos meios de comunicação, de entretenimento e educação no Brasil. Exemplos disso são as empresas WhatsApp, Netflix e plataformas online de educação, como nosso próprio portal InfoEnem que trabalha com várias plataformas – site, página do Facebook e o recente canal do Youtube – difundindo informação e conhecimento para muitas pessoas. Essa mudança de comportamento dos usuários de internet que buscam, cada vez, conhecimento online (seja uma receita culinária até artigos acadêmicos) é um bom ponto de reflexão.

19. Direito à água

A água é essencial para a manutenção da vida. Alguns assuntos podem colocá-la como ponto de discussão, por exemplo, a ideia de privatização da água que pode tirar seu acesso à população economicamente carente, assim como crises hídricas como a seca do Nordeste e a escassez de água que ocorreu recentemente em São Paulo. A Guerra da Água de Cochabamba, na Bolívia, pode ser um bom início de estudo sobre essa questão.

20. Esporte como transformador social


“Quando eu crescer, quero ser jogador de futebol “. Essa é uma frase bastante ouvida pelas crianças, principalmente as de classe socioeconômica mais baixa. Um dos motivos é a valorização do futebol no Brasil. Mas outro motivo é ainda mais interessante de se investigar e consequente do primeiro: a possibilidade de ascensão social para os esportistas. Como o Brasil sediou a última Copa e as Olimpíadas, esse assunto pode ser alvo de discussão na próxima edição do ENEM.

21. COMO A MÍDIA TRATA O ASSUNTO EXPLORAÇÃO DA MULHER.
Serviço ou desserviço?!
"O programa tratou de forma caricata o feminismo e reforçou, disfarçadamente, mas não por coincidência, todas as formas de exploração da mulher". Entretanto, cultura se muda as poucos. Todavia, a Globo (como mídia: manipuladora) sempre se aproveita dos debates nacionais p ganhar ibope. Feminismo, na Malhação aborda xenofobia, racismo...Diversidade no BBB... tudo que está em alta polemizando.

- Naturalização da violência contra a mulher em novelas;
- Notícias de estupros e feminicídios culpabilizando a vítima;
- Vender o corpo feminino em diversos programas;
- Infantilizar mães e donas de casa;
- Anos explorando a hipersexualização da mulher no carnaval (todavia elas estão lá porque querem);
- Tirar a primeira mulher da presidência da república de uma forma covarde;

- Observar que o feminismo em sua versão mais distorcida e liberal pode render um ótimo mercado consumidor.



Temos a sensação de que saber o tema de redação fará com o que o aluno tire uma boa nota nessa parte do Enem. Na verdade, isso não é, nem de longe, suficiente. Mas que ajuda, principalmente na argumentação, não há dúvidas. Claro que, além de já ter discutido e pensado no tema, é preciso que o candidato esteja bem preparado e informado sobre as regras específicas do Enem para redação.
 (clique aqui para acessar  regras e métodos de avaliação por competência da redação do ENEM)

Refetência: INFOENEM - Posted: 08 Feb 2017 12:16 PM PST

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

As competências da Educação Básica e suas relações



Capacidade de EXPRESSÃO
Eixo cog­ni­tivo do Enem:
Do­minar a norma-pa­drão da Língua Por­tu­guesa e fazer uso das lin­gua­gens ma­te­má­tica, ar­tís­tica e ci­en­tí­fica.
Cur­rí­culo do Es­tado de São Paulo (p. 19):
A cons­ti­tuição das com­pe­tên­cias de lei­tura e es­crita é também o do­mínio das normas e dos có­digos que tornam as lin­gua­gens ins­tru­mentos efi­ci­entes de re­gistro e ex­pressão que podem ser com­par­ti­lhados. Ler e es­crever, hoje, são com­pe­tên­cias fun­da­men­tais para qual­quer dis­ci­plina ou pro­fissão. Ler, entre ou­tras coisas, é in­ter­pretar (atri­buir sen­tido ou sig­ni­fi­cado), e es­crever, igual­mente, é as­sumir uma au­toria in­di­vi­dual ou co­le­tiva (tornar-se res­pon­sável por uma ação e suas con­sequên­cias).


Capacidade de CONTEXTUALIZAÇÃO
Eixo cog­ni­tivo do Enem:
Se­le­ci­onar, or­ga­nizar, re­la­ci­onar, in­ter­pretar dados e in­for­ma­ções re­pre­sen­tados de di­fe­rentes formas, para tomar de­ci­sões e en­frentar si­tu­a­ções-pro­blema.
Cur­rí­culo do Es­tado de São Paulo (p.19):
Ler im­plica também – além de em­pregar o ra­ci­o­cínio hi­po­té­tico- de­du­tivo, que pos­si­bi­lita a com­pre­ensão de fenô­menos – an­te­cipar, de forma com­pro­me­tida, a ação para in­tervir no fenô­meno e re­solver os pro­blemas de­cor­rentes dele. Es­crever, por sua vez, sig­ni­fica do­minar os inú­meros for­matos que a so­lução do pro­blema com­porta.


Capacidade de ARGUMENTAÇÃO
Eixo cog­ni­tivo do Enem:
Re­la­ci­onar in­for­ma­ções, re­pre­sen­tadas em di­fe­rentes formas, e co­nhe­ci­mentos dis­po­ní­veis em si­tu­a­ções con­cretas, para cons­truir ar­gu­men­tação con­sis­tente.
Cur­rí­culo do Es­tado de São Paulo (p. 19):
A lei­tura, nesse caso, sin­te­tiza a ca­pa­ci­dade de es­cutar, supor, in­formar-se, re­la­ci­onar, com­parar etc. A es­crita per­mite do­minar os có­digos que ex­pressam a de­fesa ou a re­cons­trução de ar­gu­mentos – com li­ber­dade, mas ob­ser­vando re­gras e as­su­mindo res­pon­sa­bi­li­dades.


Capacidade de COMPREENSÃO 

Eixo cog­ni­tivo do Enem:
Cons­truir e aplicar con­ceitos das vá­rias áreas do co­nhe­ci­mento para a com­pre­ensão de fenô­menos na­tu­rais, de pro­cessos his­tó­rico-ge­o­grá­ficos, da pro­dução tec­no­ló­gica e das ma­ni­fes­ta­ções ar­tís­ticas.
Cur­rí­culo do Es­tado de São Paulo (p. 19):
É o de­sen­vol­vi­mento da lin­guagem que pos­si­bi­lita o ra­ci­o­cínio hi­po­té­tico-de­du­tivo, in­dis­pen­sável à com­pre­ensão de fenô­menos. Ler, nesse sen­tido, é um modo de com­pre­ender, isto é, de as­si­milar ex­pe­ri­ên­cias ou con­teúdos dis­ci­pli­nares (e modos de sua pro­dução); es­crever é ex­pressar sua cons­trução ou re­cons­trução com sen­tido, aluno por aluno.

Capacidade de IMAGINAÇÃO 

Trata-se de uma pro­po­sição do Pro­fessor Nilson J. Ma­chado. Re­fere-se à ca­pa­ci­dade de ex­trapolar ou abs­trair um de­ter­mi­nado con­texto e ima­ginar o que ainda não existe.
Se­gundo o autor, a ca­pa­ci­dade de criar, inovar, ir além, cons­truir al­ter­na­tivas pode ser de­sen­vol­vida em todas as dis­ci­plinas da Edu­cação Bá­sica. Nesse con­texto, a lei­tura, além de am­pliar co­nhe­ci­mentos sobre a re­a­li­dade, pode ser tra­ba­lhada pelo pro­fessor como um meio de es­ti­mular a cri­a­ti­vi­dade do aluno. Assim como, a es­crita pode ser apli­cada como uma “fer­ra­menta” para sis­te­ma­tizar e or­ga­nizar suas des­co­bertas.

Capacidade de MOBILIZAÇÃO

Eixo cog­ni­tivo do Enem:
Re­correr aos co­nhe­ci­mentos de­sen­vol­vidos na es­cola para ela­borar pro­postas de in­ter­venção so­li­dária na re­a­li­dade, res­pei­tando os va­lores hu­manos e con­si­de­rando a di­ver­si­dade so­ci­o­cul­tural.
Cur­rí­culo do Es­tado de São Paulo (p.19-20):
Ler, nesse caso, além de im­plicar o des­crever e o com­pre­ender, bem como o ar­gu­mentar a res­peito de um fenô­meno, re­quer a an­te­ci­pação de uma in­ter­venção sobre ele, com a to­mada de de­ci­sões a partir de uma es­cala de va­lores. Es­crever é for­mular um plano para essa in­ter­venção, for­mular hi­pó­teses sobre os meios mais efi­ci­entes para ga­rantir re­sul­tados a partir da es­cala de va­lores ado­tada. É no con­texto da re­a­li­zação de pro­jetos es­co­lares que os alunos aprendem a cri­ticar, res­peitar e propor pro­jetos va­li­osos para toda a so­ci­e­dade; por in­ter­médio deles, aprendem a ler e a es­crever as coisas do mundo atual, re­la­ci­o­nando ações lo­cais com a visão global, por meio de atu­ação so­li­dária.